#MERGULHO
MIT Technology: Innovators Under 35
Nos próximos 10 anos, o mundo precisará de dezenas de tecnologias climáticas inovadoras para reduzir as emissões na escala de gigatoneladas. E que soluções podem ser criadas para ajudar nessa missão? Na lista Innovators Under 35 de 2022, o MIT Technology deu destaque para profissionais e suas soluções para questões climáticas urgentes. A gente destaca algumas aqui.
Kaichen Dong, 32 anos
Uma grande parte do consumo de energia no mundo é usada para aquecer e resfriar prédios e casas. Para mudar esse cenário, Kaichen desenvolveu um revestimento “inteligente” que pode ser fixado em qualquer telhado e que muda automaticamente entre irradiar calor para longe de uma casa ou isolá-la em climas frios. Apesar de não substituir os sistemas de aquecimento e resfriamento, diminui a demanda dos mesmos, mantendo a temperatura dentro de uma faixa gerenciável.
Sean Hunt, 33 anos
Hoje, muitos dos produtos químicos usados em residências e fábricas são fabricados a partir do petróleo. Sean Hunt é co-fundador da Solugen, que usa enzimas e catalisadores metálicos para transformar açúcar em produtos químicos industriais com uma pegada de carbono bem menor. A primeira instalação da empresa - que funciona com eletricidade 100% renovável e não gera emissões ou águas residuais - pode produzir 10.000 toneladas por ano de produtos químicos usados no tratamento de água, agricultura e limpadores industriais.
Magi Richani, 33 anos
Muito se comenta sobre a produção de carne como um pesadelo para o meio ambiente, mas pouco se fala sobre a produção de laticínios. Magi está trabalhando nisso, produzindo lácteos saborosos e menos prejudiciais. “Nossa tecnologia nos permite produzir proteínas lácteas diretamente das plantas, sem a necessidade de vacas”, diz ela. Na opinião de Magi, o que falta hoje na maioria dos produtos lácteos à base de plantas é um ingrediente-chave: uma proteína chamada caseína, que dá a textura cremosa.
Vale conferir a lista completa, que também aponta soluções dentro de outros campos, como biotecnologia, inteligência artificial e ciência dos materiais.
#DÁ PRA ACREDITAR
Costa Rica amplia em 27 vezes área protegida na Ilha dos Cocos
A Costa Rica irá expandir o Parque Nacional da Ilha dos Cocos, sua zona oceânica protegida, de 2,7% para mais de 30% de suas águas territoriais, o que corresponde a quase 53.000 quilômetros quadrados.
A expansão segue um acordo que os presidentes da Costa Rica, Panamá, Colômbia e Equador assinaram na COP26, em Glasgow, onde se comprometeram a proteger um total de 500.000 quilômetros quadrados no Pacífico tropical. A região é lar de espécies ameaçadas de tubarões, tartarugas e mamíferos marinhos que migram entre áreas protegidas ao longo de “rodovias marinhas”.
A expansão dessas áreas protegidas contribui significativamente para a meta global de proteger 30% dos oceanos do mundo até 2030 – o que os cientistas dizem ser necessário para limitar os impactos das mudanças climáticas e evitar extinções generalizadas de espécies marinhas.
#MAMI WATA INDICA
Amazônia, de Sebastião Salgado, no Museu do Amanhã
Falamos aqui na nossa última news sobre a exposição Aqua Mater, de Sebastião Salgado, em Paris. Mas, agora os cariocas podem comemorar: Amazônia, outra grande exposição do fotógrafo, chegou na cidade maravilhosa. Após passar por Paris, Roma, Londres e São Paulo, a mostra fica em cartaz no Museu do Amanhã até janeiro de 2023.
#PARA PENSAR
O veneno mora ao lado
Infelizmente, o Brasil lidera o ranking de uso de agrotóxicos no mundo. Esse uso excessivo gera uma grande crise e influencia diretamente na nossa saúde: está no nosso prato, no nosso ar, nas nossas águas, além de gerar uma luta entre camponeses, trabalhadores rurais e povos tradicionais. Sem os agrotóxicos, o agronegócio se desestrutura, o modelo econômico atual decai, e o desmatamento cai. O podcast O veneno mora ao lado, da comunicadora e ativista ambiental Giovanna Nader traz um apanhado sobre esse cenário, impulsionando o debate e alertando sobre o que estamos vivendo.
#PARCEIROS MAMI WATA
Surf Limpeza
Olhar para os resíduos que geramos sempre choca. Mas, e se a gente puder transformá-los, gerando conscientização? Criado por Daniel Frank Tomaz, o Surf Limpeza tem essa proposta. Localizado em Santos, o projeto empresta pranchas de stand up paddle para quem limpa a praia e ainda transforma o lixo recolhido em peças de artesanato, incentivando a educação ambiental. Entre os itens mais encontrados nas areias estão: hastes de cotonetes e de pirulitos, canudos, bitucas de cigarro e tampinhas de garrafas pet e de vidro, além de etiquetas de biquínis. Daniel realiza ainda oficinas de arte para empresas, onde passa o conhecimento e os funcionários são convidados a fazer a coleta e a separação do material. A Mami Wata apoia o projeto, doando filtros solares para seus colaboradores.
cuida de você, enquanto preserva os mares