#MERGULHO
O que avançou na COP27?
No último dia 20 aconteceu a COP27 (Conferência Mundial para Mudanças Climáticas das Nações Unidas), no Egito. E, se por um lado, foram poucas as medidas em relação à redução na emissão de carbono proveniente de combustíveis fósseis, o evento mostrou um avanço, com países desenvolvidos acordando em arcar com a conta do aquecimento global.
Confira alguns pontos positivos:
Perdas e Danos
Financiamento climático é o termo que a ONU usa para nomear o dinheiro que deve ser direcionado à reparação de eventos extremos (como ciclones e enchentes), causados pela crise climática, em países com menos condições de enfrentá-la. Após rodadas de negociações, nações mais desenvolvidas (e portanto, ao longo da história da industrialização, responsáveis por maiores emissões que desencadearam as crises) acordaram destinar recursos por mais de 10 anos para países mais vulneráveis às mudanças. A criação de um fundo de reparação vinha sendo solicitada há cerca de 30 anos.
Brasil de volta
Representado pelo presidente eleito Lula, o Brasil voltou a participar da Conferência. Durante seu discurso, ele prometeu a proteção dos biomas, com destaque para a Amazônia. Desde 2019, nosso país não era representado por um presidente no evento.
Combate ao greenwashing
Net Zero é o nome dado ao compromisso em zerar as emissões líquidas (diretas e indiretas) de gases do efeito estufa – sobretudo o dióxido de carbono (CO2), prevendo a compensação de todo o lançamento dessas substâncias poluentes no ar.
Na COP27 ficaram estabelecidas novas regras pra este compromisso, que precisarão ser seguidas por empresas que afirmam desenvolver planos de redução de emissão. Uma nova força-tarefa vai regulamentar estes acordos em todo mundo, para garantir sua credibilidade e eficácia.
Veja o que mais aconteceu na COP
#DÁ PRA ACREDITAR
Encantamento, ciência, política e tecnologia no combate à crise climática
"Construir um projeto político a partir da crise climática que volte a encantar as pessoas, que volte a oferecer uma perspectiva de futuro" é o melhor caminho pra preservamos o meio ambiente, segundo Tatiana Roque, professora da UFRJ. Autora de "O dia em que voltamos de Marte", onde fala sobre a relação da ciência com a política, ela aposta no diálogo destas duas áreas com tecnologia, desvinculando o futuro da concepção que temos de progresso.
#MAMI WATA INDICA
Pavulagem: conheça as lendas amazônicas
Você conhece a história do Curupira, do Taú, da Ingerada, da Macaca Guariba? Senão, vale ouvir o podcast Pavulagem. Baseado em lendas amazônicas, ele tem episódios narrados por contadores de histórias da região, o que faz a gente sentir que está numa roda com eles, ouvindo, aprendendo e se deixando encantar. O programa é Original Spotify e tem episódios novos toda quinta-feira.
#PRA PENSAR
Quando os corais inspiram a moda
Quem nos conhece, sabe: os corais são nossa causa e inspiração. Então, ficamos emocionadas quando conhecemos o projeto Rootfull, de Zena Holloway. Fotógrafa e bio designer, ela criou peças de roupas que são praticamente esculturas, com formas inspiradas nos corais. Tudo a partir do reaproveitamento de tecidos e com objetivo de chamar a atenção para a preservação dos mares.
#PARCEIROS MAMI WATA
Mami Wata + Projeto Baleia Jubarte
Nosso mais novo parceiro é o Projeto Baleia Jubarte. Criado em 1988, com foco em estudar e proteger as baleias-jubarte do Brasil, ele trabalha em três frentes: pesquisa, educação e políticas para a conservação.
Pra isso, atua em toda a costa da Bahia e no Espírito Santo, onde tem bases físicas, além de nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, através de parcerias com instituições locais. Com presença também internacional, ainda integra o Fórum para a Conservação do Mar Patagônico e participa de reuniões de tratados internacionais relevantes, como a Comissão Internacional da Baleia e a Convenção de Espécies Migratórias.
Mami Wata
cuida de você, enquanto preserva os mares