A gente nasce pro que é - essa mensagem, quando bate na gente, reverbera. Quando a gente se emociona com as imagens que Sebastião Salgado trouxe aos nossos olhos e registrou na nossa alma, a gente sabe que é isso: ele estava onde tinha que estar.
Economista, se apaixonou pela arte da fotografia nos anos 70, em uma viagem para África. Foi fotojornalista - estreou fotografando Jorge Amado -, até iniciar sua trajetória com foco documental e ambiental, com a parceria fundamental de Lélia Wanick, sua parceira de vida.
“Que ninguém se iluda: não tenho nada de Super-Homem. Em situações tensas, minhas pernas bambeiam, a boca seca, e uma hesitação se insinua. Só que nenhum receio supera meu imenso desejo de ver o mundo.”
Sebastião fez da sua lente o reflexo do homem no mundo - das maneiras mais diversas, intensas e comoventes. “Terra”, “Serra Pelada”, “Êxodos”, “Gênesis”, “Amazônia” são alguns dos seus muitos trabalhos, desenvolvidos ao longo de 50 anos. Registros que contam histórias, denunciam injustiças sociais e revelam a beleza e a vulnerabilidade dos que habitam este planeta.
“Não podemos ser apenas espectadores da destruição. Precisamos ser agentes de mudança.”
Em 1998, Sebastião e Lélia decidiram restaurar a floresta da antiga fazenda da família, em Aimoré (MG). Na área degradada, foram plantadas mais de 2 milhões de árvores nativas, ajudando na recuperação da biodiversidade da Mata Atlântica, e contribuindo com o desenvolvimento rural sustentável na Bacia do Rio Doce. A iniciativa tornou-se um exemplo global de restauração ecológica.
Para quem quiser saber mais sobre seu legado, vale:
Ver o documentário O Sal da Terra, na Globoplay
Conferir sua primeira exposição póstuma, "Trabalhadores”, na Firjan (RJ)
A gente reverencia e agradece Sebastião por nos revelar tanto do mundo e de nós.